segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Fuga aos impostos continua

Diz-se à boca grande que a fuga aos impostos é coisa de capitalistas. 

Na realidade desde grandes empresas a pequenos empresários, há muita gente a fugir aos impostos. Embora o governo de Portugal diga que o uso obrigatório de software certificado foi um sucesso no combate à fraude fiscal, o facto é que no dia-a-dia nos deparamos com formas descaradas de empresas e empresários cometerem impunemente o crime de cobrar impostos aos consumidores finais e não os entregarem ao Estado. 

São vários os exemplos:

  • O dono do café que recebe o dinheiro da bica e o coloca ao lado do sistema de facturação ou da velha caixa registadora em vez de registar e entregar a factura simplificada ao cliente;
  • O dono do restaurante que continua a fazer as contas da refeição num bloco de merceeiro e que só passa factura se for pedida;
  • O mini-mercado que passa todos os  produtos no scanner e que no fim prime o botão TOTAL para ter a conta no visor do cliente e abrir a gaveta carregando num botão programado para o efeito ou recorrendo a uma guita atada ao trinco, cancelando a operação após ter recebido o dinheiro do cliente;
  • As clínicas médicas que transaccionam valores superiores a 20.000 euros por ano (ou mais) e que continuam a passar recibos em livros de recibos impressos alegando que têm um volume de negócios inferior a 10.000 euros por ano e que fazem menos de 1000 transacções por ano;
  • Os médicos que prestam serviços às clínicas e aos utentes e que estabelecem o objectivo de não passar um determinado número de recibos;
  • As oficinas que continuam a prestar serviços sem factura convencendo o cliente que poupa no IVA. 
Todos dizem não ter lucros para suportar os custos de informatização mas alguns vão ao fim do dia para casa em carros topo de gama. 

Mas que fazem as finanças em termos de fiscalização? Cada vez dispensam mais funcionários. 

Temos aqui uma oportunidade de pesquisa e desenvolvimento para criar uma solução eficaz que acabe com este escândalo em que a maioria dos pequenos capitalistas espertos estão a roubar os consumidores e o Estado. 

Os empregados e os reformados têm de pagar mais impostos para sustentar esta corja descarada. 

Não me peçam provas daquilo que digo aqui. Abram os olhos e peçam factura.

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